Talvez as próximas gerações nascidas no Brasil terão uma visão de vida bastante diferente das gerações mais antigas quanto ao uso de um bom azeite. Não é novidade que todos que nasceram ainda na segunda metade do século passado conheceram azeite através da cozinha das suas mães.
Algo que ocorreu quando nos deparamos com o primeiro azeite que nossos pais trouxeram para casa e que a nossa memória gastronômica não esqueceu: o cheiro e o gosto daquele azeite ou daqueles azeites que ficaram na nossa memória gastronômica. Diríamos assim: é pior pois toda vez que nos deparamos com um novo azeite – lamentamos que ele não seja igual àquele primeiro azeite que nos deliciou (e iludiu) há algumas décadas atrás.
Comunicamos a todos que se encontram com este pensamento gastronômico: este azeite da sua infância ou adolescência deixou de existir. Ou seja, você padronizou que todo azeite deveria ser o azeite daquele tempo, mas aquele azeite era o azeite preferentemente vendido pelos comerciantes de outros países, e não era o melhor azeite que tinham. Notem que alguns países exportam o melhor de seus produtos e deixam para consumo interno o menos comerciável mundialmente. Outros países, no entanto, fazem o contrário….
Diga-se ainda que como o Brasil e seus habitantes pouco conheciam sobre azeite, os comerciantes tanto do lado comprador brasileiro como do lado vendedor estrangeiro comandavam a ´operação azeite´ a seu bel prazer: vendia-se algo que no exterior ´parecia que era´ e o brasileiro comprava “pensando que fosse”. Resumindo, na maioria das vezes recebíamos (e de certa maneira continuamos até hoje) recebendo o azeite que os comerciantes acham ser o melhor para nós brasileiros, pois nosso conhecimento sobre azeites continua sendo reduzido.
A falta de conhecimento do azeite pelo brasileiro reflete-se de várias maneiras em sua vida. Inicialmente ele está deixando de consumir um alimento saudável que lhe traz sensíveis benefícios desde os olhos até a pele, passando pelo aparelho circulatório, trato digestivo e renovação celular. Também se reflete no restaurante ou onde o brasileiro faz as suas refeições – pois sem conhecer o azeite, o brasileiro aceita (e nem contesta) o que lhe apresentam como azeite extravirgem !
Por fim, resta uma pergunta a ser respondida: Como conhecer um bom azeite extravirgem? Inicialmente não se guie tanto pelos seus conhecimentos adquiridos com os velhos padrões de azeite que até agora ficaram memorizados. Reconheça que aprender, em qualquer circunstância da vida, sempre é bom, e aprender para benefício da saúde, é melhor ainda !
O melhor azeite extravirgem é aquele que você sabe onde é feito e conhece o seu lagar (o local onde o azeite é processado) e até seu proprietário. Tarefa árdua ou difícil? Não, pois sua saúde vale mais. Tantos produtores estão aparecendo no sul do Brasil que vale a pena conhecê-los, visitá-los e aprender mais sobre as milenares oliveiras, azeitonas e azeites – agora produzindo-se a pouca distância da sua cidade.
Outra orientação importante para consumir um bom azeite extravirgem é verificar sua data de fabricação (totalmente diferente da data de envase pois aí continua-se sem saber quando o azeite foi produzido). O ideal de um azeite extravirgem é que ele seja consumido até 180 dias após sua data de fabricação, embora certas marcas concedam uma validade de 240 dias.
Veja mais sobre a história das pimentas e a linha De Cabrón: http://mercadoro.com.br/2019/05/13/historia-das-pimentas/
Para não nos aprofundarmos numa discussão científica, deixamos estas referências básicas:
Use o azeite que v. conhece a origem, onde é produzido e como é produzido, de preferência visite a propriedade onde ele é produzido e tente conhecer até o proprietário do lagar, se possível.
Tente comprar o azeite mais novo possível e o consuma no máximo até 45 dias após aberta sua garrafa, pois cada vez que v. abre a garrafa, entra oxigênio e oxida o azeite. Para isto compre uma garrafa proporcional ao seu uso de azeite.
Desconfie de preços muito baratos de azeites – o bom azeite é caro tanto aqui como na Europa – milagres não existem quando se fala de números.
Experimente os azeites extravirgem nacionais que têm boa qualidade, e prova disso é a constante obtenção de prêmios nos países produtores de azeite há milhares de anos.
Conheça toda linha dos nossos produtos em nosso site: http://mercadoro.com.br/